quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Signos: Poemas-Instalações

Pinta

Na noite

Georges de

La Tour

Voltando

Da escuridão

Entre pulgas

Em toques

De realejos

Entre beijos

Iluminando

As linhas

Da palma

Da mão

Que a(do[u]ração)!                     Moduan Matus.



 

Malba

Tahan

Um homem

Calculando

Pela ficção

Escreve

Com proeza

Elemental

Beleza

Formas

Da exatidão.                    Moduan Matus.



 

Pens(em)

Lingua(gens)

De Jens

Otto

Jespersen

Filosofando e

A gramática

Evoluindo

(Na)tureza

Novial

Internacional.                  Moduan Matus.



 

Viva

O carnaval

Raça

Sorriso

Enredo

Do povo

Brasileiro

Pelos bailes

Da vida

Em João

Ubaldo

Ribeiro!                             Moduan Matus.



 

No pátio

Mãe e filha

Saboreando

O lar

No ar

De Pieter

De Hooch que

Na simplicidade

Descreve

Em tinta

O que

O dia

Pinta.                          Moduan Matus.



 

Afetos

Mínimos e

Múltiplos na

Fúria

Da função

Do corpo

Conta

João

Gilberto

Noll

Da máquina

De ser

Convívio

No dorso

Das horas.                             Moduan Matus.



 

O cubismo

O mesmerismo

E a selva

Retratam

Máscaras

Surreais

De Wifredo

Lam

Para o mundo

De relva

& mais

Animais.                            Moduan Matus.    



 

De Benguela

Do universo

Úmido do amor

Ao cansaço

Seco de guerra

D(escreve)

Pepetela

As vozes ainda

Vagueantes

Amantes

Das estepes

Da Mongólia

Ao planalto

Visto de Chela.                      Moduan Matus.



 

Para o

Espaçador

Multimista

Paulo

Bruscky

Recorte

De poesia

Viva

Indica

Tipos

E o vazio

Em visual.                           Moduan Matus.



 

O calor

Das coisas

Sela a força

Do destino

Revela

A casa

A paixão

E nela

Nélida

Piñon

Formando

A república

Dos sonhos

Em uníssona

Canção.                                     Moduan Matus.

 



De célula e

Celulose

Faz-se Farnese

De Andrade

Andar de

Cerne

E a arte

Arde

Encaixada

De nascimento

E morte

Destino

E sorte.                               Moduan Matus.



 

Do tédio

A prosa

Feminina

Esgoela

Garra

De Teresa

De la Parra

No seio da

Venezuela

Demonstrando

Desconstrução

Aristocrática

Pelo que barra.                       Moduan Matus.



 

Invasões

Dos grandões

Plano de pilotos

Pilatos

Logo o lago

Paranoá no ar

Brazlândia não há

Mais barracos

Vilas rãs & sapos

Nem Francisco

Galeno

Nem outros

Pequenos.

Brincadeira!                              Moduan Matus.



 

Coisa com

Coisa sim!

Algo asfixia?

Perguntação

De ler

Leida

Lusmar

Da ingresia

Nunca

Exatamente

Como prosa troncha

Ou poesia.                                Moduan Matus.



 

Objetos

Casulosos

De Ricardo

Ribenboim

Em ribombâncias

Trocam de pele

Na efervescência

Dos xaropes

Gaseificados

Quando em artes

Expelem mais

Metamerismos.                            Moduan Matus.



 

De Arquà

Irrequieto

Arca

Francesco

Petrarca

Estruturand(o)

Soneto

Nas rimas

Do triunfo

Do humanismo

Na paisagem

E nas agruras

Por Laura.                                Moduan Matus.    

 



Os corpos densos

Das imagens

De Sergio

Romagnolo

Em plasticidades

Modeladas

Procriam

Remodelações

Das futuras

Prisões

Cinetoplastídicas.                              Moduan Matus.

                                                  



O abecedário

De Aletrícia

Traça

Vida e obra de

[a]Bartolomeu

[vwxyz] [em]

Campos de

Queirós

Depois de

Não contar

Mais com

Zoroastro.                           Moduan Matus.

 



A poesia

Reforça o

Movimento

Da carroça

E tudo

Muda

Nas palavras de

Ievtuchenko

Contra

Assassinos

De bardos.                           Moduan Matus.

 



Parte

Do nada

Nasce

A escultura

De Cristina

Salgado:

Ovo

Galinha

Nasce

Do nada

Volta

Gestando.                            Moduan Matus.