sábado, 1 de dezembro de 2018

Signos: Poemas-Instalações


É pura verve
Quando feijongada na
Serrinha ferve
Em caldo &
Compasso grosso
Contra o dissabor
Do tempo
Em que o tempero
E o traço
Dividia o caminho
Do madureiro
Por um fosso.
E fora da filosofia
A vila de Noel
Rosa
Continua
Áurea.                                Moduan Matus.

Do cerne
Um boneco
Aventura
Metendo o nariz
No crescimento
Da comédia
Que cometa
Carlo
Lorenzini
Collodi
Pelo real
Madeirame
Do planeta.                        Moduan Matus.

Um choro do céu
Tal que
Fertilizava o quintal
Que brincava e bebia
Bia Bedran na
Ciranda criança
Gerando criando
Canto acalanto
Girando encanto
Repondia a sabores
E compunha as cores
Enquanto
O chão ia se
Miscigenando.                               Moduan Matus.  

Sartresoudoistantofazquefez
Dandopassagemnapaisagem
Deumpaís
Agemospais
Revivendootempo
Poispares
Beauvoires
Agemuitomais
Paraparir
Dandoaluz
Apóspartir
DosaresdeParis.               Moduan Matus.

Entre músicos
A voz de
Pirajuí
De sonho
E saudade é
Chauki
Tito
Madi a
Espera de você
Prum balanço
Giro Jirau
Zona Sul
Gaúcha do
Bem querer.                  Moduan Matus.
                                                            
Oficina da criação:
A mostra está em frente
Pode ter como base a tela de
Miró
Ou a moldura de
José
Confuso é ficar entre o espaço
O traço a sobra e ainda ter
Confúcio
Pelo meio
Desatando os nós da madeira.
Nada mais pode acontecer
Parece começar onde acabou.
Pingos pigmentam formas
Quando se concentram
Nuvens surgem do nada
Diante da atmosfera
Para ficarem numa tela
Mas tudo só se registra
Somente onde o inusitado
Inspira esses meios
De encabeçar as ideias.                   Moduan Matus.

Miseráveis
Esqueceram
O sabor do pão
Que sobrou
E das bocas que
Victor
Hugo
Sustentou
Até Edvard
Munch
Gritar
A expressão
Do óbvio
Que do escancaro
Ecoou.                                         Moduan Matus.

A arte em
Mário
Pedrosa
Critica
Formas
Sustent(a)
Coluna
E ensaia o
Pós-moderno
Personalizando
Os rumos do
Movimento
De brasilidade.                               Moduan Matus.
  
Samba pra burro
De bob
Otto
Aperta acende
Logo ascende
E chora um corpo pobre
Entre mendigos.
No vão
Vão passando paz
A noite inteira
Entre anéis de fumaça
Pois
Matar defunto desempregado
E Joana D`arc
Ainda é ilegal.                                     Moduan Matus.

ANTRO P (R) O FAGIA
Etnia
Mário de Andrade
Empedernecimento
Androginia
Antropologia
Indiferença faz
Sem a harmonia
Dos racionais.
A carne aproxima e
Não há mais
Do que comer
A si próprio
Enquanto nos devoramos
Diária mente
Tirando pedras
De cima de pedras.                                Moduan Matus.
                       

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Signos: Poemas-Instalações


Matizações
Em painéis
Fiam a trama
E à tona
A tela
Contracena
Animadas abstrações
A tônica
O papel
Na luz
Do pastel
Em toques
De Orlando
Rafael
Dos Santos
Numa infinitude
Perfazendo o céu.                Moduan Matus.






Se lhe ofendem
O amor
Não ceda
Haja sem pudor
Proceda como
José
Espronceda
Numantino
Versejand(o)
Romantismo y
Teresa
És tu diante do saber
Das conchas de
Salamanca.                        Moduan Matus.






O bando
Neon na
Noite de
Astor
Piazzolla
Marc(a)
Hora cero
Do lunfardo
Em libertango
No verano
Porteño.                          Moduan Matus.






Dias
Dois ou
Mais ou menos
Se acharão
Corpos em curvas
Diadoúmenos
Ligados ao bronze
Ao cromo
A polidez
De Policleto
A liga do tempo
A Cronos
Poupada ao cosmos.                 Moduan Matus.





Gente
Via o oboé
Do sinfonista
Ouvia em audições
Renascentistas
O regente
Isaack
Karabtchevski
Projetando
Canções da terra e
Madrigais sensacionais
No aquário da
Quinta da
Boa Vista.                             Moduan Matus.





Aristóteles
Estatela-se
Com a
Estatística em
Estagira:
A vida imita
A arte imita e
Tudo
Se ilimita.                                      Moduan Matus.





Como se cria!
Aos seis
Coisas de rainhas e reis
Que sois
No ar das flores dos laranjais da
Solimões
Nilze Carvalho
Choramingou ao Nicanor.
Bandolim cavaquinho depois
O choro da criança
Foi o supra-sumo do
Samba fina-flor.                                              Moduan Matus.





Coloquial
Arrebatador
Poético e
Ilustrador
O versátil
Escritor
José Ronaldo
Rocha (Zérro) em
Memórias do
Caminho
Remo(n)ta
História
Romanceada
Em famosos
Vilarinhos
Tempos áureos
De literatura
Com incidência
Na Baixada.                        Moduan Matus.




Mirabô
De tantas datas
Quanto
Dantas
E lutas santas
Sin
Dicalizou
Pautado
Na música.
Noutras canções:
Parcerias
Seria
Tão
Imparcial (?).                       Moduan Matus.





BAR IGUAÇU
Nos olhos de Karem
Uma busca incontinente
Uma transa atlântica
Uma alemã distante
Num sabor tropical
Identificando a cor da pele
De envolver constante
Das gotas de suores
E cheiros diferentes
No lençol freático
Que cobriram desejos ocultos
De Hans Staden
Numa paixão irracional.                        Moduan Matus

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Signos: Poemas-Instalações


O mais
Augusto dos
Anjos
Cupidista
Sem estanque
Sangrava poemas
Na degenerescência
Da carne viva de amores
Até que outras paragens
Saíssem do corpo
Hematoidroses
Revelando sonhos
Escarros & setas
E todo o anacronismo
Das dores.                                                            Moduan Matus.





Júlio
Ludemir
Rima em rim
Por rim
E pede de luto
As partes
Do bom no ruim
Partes decepadas
Compradas
Cicatrizadas
Em fugas
Em confins
Partes intermediadas
(in) vertidas
(in) filtradas
Traficadas
(ou investidas)
Que partem
Pela vida assim:
Amputadas
Feitas de nós
Ou em
“Pedaços de mim”.                                     Moduan Matus.





Rebelado
François
Rabelais
Prega que
Não se empurra
Pela gargant(u)a
E que o amor
Revel(a)
Livre
Consciência.                                     Moduan Matus.





Abre alas
Vão passar
Francisca
Ou
Luís
Gonzaga
Luz in(do)
Cancioneiro
Popular
Forró
Bodó
Asa
Branca
(até o ou a)
Lua inspirar
(deles)
Mais capacidades
De criar.                                                  Moduan Matus.




Um modelo vivo
De Astréa
El´Jaik
Movimenta
A celulose
E o silêncio
Pelos quatro
Cantos
Apontando
A (o)posição
A (re)ação
Do que pode ter
No que não há via.                    Moduan Matus.        





Pairava de ordem:
Um gato
Em terceira idade
Pula cercas telhados
Numa luta desarmada
Para rever radicais chiques
Em seus aparelhos
Entre Miguel
Marcelo
Onde Paivas pairam
Armando seus diques
Povoando acima.
Já que algumas garras
De chumbo ainda
Seguram o passado
Dentro do amanhã.                           Moduan Matus.




Sombras de
Alexandre
Fávero em
Sustentáculo
De trajeto
Formam o teatro
Chapado no anteparo
Onde revivem lendas
Reiluminadas
Por João
Simões
Lopes
Neto.                                 Moduan Matus.





Viagem
Um dia a mais e
Eis histórias!
Só no primeiro segundo do relógio
Em que paramos para esperar.
Basta abrir uma janela para
Assis
Brasil
Ter três lados
Até a vista (al)can(ç)(s)ar.
Sonhos adormecem a paisagem
O que se sente é o presente
Breviário que somos.
Ricardo
Bueno!
Nada precisará com tamanha exatidão o
Que (só) você vê neste dia de viagem.                              Moduan Matus.





O fantasma do
Destino
Soa ao
Luar de
Bonn:
Bong!
Bong!
Uma tempestade
Envolve
Ludwig
Van
Beetho
Ven
Entre a bigorna
E o martelo
Numa
Campânula.                         Moduan Matus.






Os dias da terra
O vento divide
Em dois:
Negros
Claros
Lama & barro
E o poeta
Carlos Ronald
Rola tudo em rolo
Compressor
Donde a palavra
Ave
Voa
Soprando
Da cinza ao pó
Atravessand(o)
Relógio.                                       Moduan Matus.

sábado, 1 de setembro de 2018

Signos: Poemas-Instalações


O cristianismo
Pecando
O corpo
Nu
Não apaga
A força
O passado
O culto
O sensualismo
Pelado
Greco-romano
Leócares
É o cara
A apologia
Carna(l)valesca
Das belezas.                     Moduan Matus.        




Numa trincheira de
Espelhos um
Poeta clandestino
Acende ideias num click!
Talvez seja um chip de
Xico
Chaves ou chopes
Pintando em flict ou
Bipando
Chiques
Moniques
Querendo
Nesta noite
Divisões
De egos trips.                        Moduan Matus.




Controle social
Truque
Tendencial
Hein
Émile
Durkheim!
O nexo
Paradoxal
Do poder
Em modismos
Exercer
O sistema
Neoliberal.                          Moduan Matus.
          



Sombras não morrem
Perdem-se
As fábulas
Do anima(l)do amor
Diz tanto
Da distância
Discreta
Marcando
Marco
Túlio Costa
Com flecha
Quanto o cupido vesgo
Que enverga o arco
Não enxerga
O próprio charco.                            Moduan Matus.




De ti
Copacabana
As coisas boas da vida
Espirituosa e
Quase santíssima de
Ru
Bem
Braga
Bradam
Bem
Entre as
M(en)(M)inas e Ipanema.                           Moduan Matus.



Ser de
Fonte fort(e) luz lazúli
A letra que samba
Dos dedos prosas
Em poemas
De Sérgio
Fonseca
Significando
Batucando
Dizendo no pé
Servindo de canto
Causo e alento
Ante aos esquecimentos
Crônicos & platônicos
Fazendo milongas
Jongos & poemas
Fluírem as tongas.                                Moduan Matus.




A arte
Poética
Sem exagero:
Carpe
Diem
Em cartas
Cantos
Odes e
Sátiras
Ao vinho
Quinta do
Quinto
Horácio
Flaco
São sempre
Hedonismos.                      Moduan Matus.




A vida
Sal
Sem
Mar de rosas
É querida.
A nau
Dos navegantes
Sem rumo
Vai & vem
E valsa no prumo
Da força dos ventos
Vindo do porto
De expirar & inspirar
Edu
Lo
(Bo)rges
Todos: inspiração
& alumbramento.                                    Moduan Matus.




Sempre assim
Parte de nós todos
Deste mito
Deste medo
Deste mim
Ata deste átrio
Parteatro &
Antonin
Artaud e... transe
Transe e ataúde.
Subvertedor
Amiúde
Da morte cruel
Do sobreviver de sobrevidas
Ao choque da condição humana
Do “mais que pude”.                                          Moduan Matus.




Antonin
Artaud
Na tona
Da arte
Atre
Vid(a)
Um duplo
D´ator
D´atriz
Traduz
De tudo
Conduz.                                      Moduan Matus.


sábado, 4 de agosto de 2018

Signos: Poemas-Instalações


Corporal

Danç(a)
Língua(gens)
De Rafael
Mike em
Beatboxing
De toque
No microfone
Macrossom
De batuque
Em hip hop
Repente
De poesia a
Contagiante
Extasia.                                   Moduan Matus.




Apaixonadas ousadas
Rebeladas
São as viagens
De Flora
Tristan
“pária”
Solitária
Vó de Gauguin
Solidária
A união
Operária
Num feminismo
E cicatrizes
Onde se alojam
As balas
Exasperantes
Do embrutecimento
Humano.                                Moduan Matus.




A sua
Floresta (é)
Dos leões
A púbis é dos pubs
Dos putos
Que lúbricos
Se curvam
E cravam
Na escrava
No cio nu de
Lúcia
Nobre às
Léguas &
Letras &
Línguas do
Por em
Purri pô ou
Pot-pourri.                       Moduan Matus.




Grávido de sábia utopia
A vida sadia
Sai de
Sady
Bianchin
& assin(a) rebeldia
No nervo exposto
No circo armado
Nos rotos rostos
Dos safados
Superm(e)(a)rcados
Só em sonho & poesia.                   Moduan Matus.



Sem
Oscilar
Tarsila do
Amaral
Tece
Sela
Opera
Cores na
Colcha
Em silo
Central do
Brasil dos
Operários
Marcados
Cortados
Em retalhos
Entre sacos
Bagulhos
Alhos &
Bugalhos.                               Moduan Matus. 



No
Pando
Eis
Marcos
Konder
Reis
Poemas
Soprando.                           Moduan Matus.



Ur
Bana(l)
Urbes de
Ru
Bens
Gerch
Man
Tem nova
Figuração
Ind(i)o
Onde
Gente
Encaixa(o)
Chão
Ao jardim
Da oposição.                                Moduan Matus.




COM TEMPLO
Parti(lha)
Remos
Por ti
José
Martí
Nas bocas
Dos rios
Remaremos
Rumaremos
Para sentir o hoje
Sempre
Novo existir para
Para assistir de
La tierra
Rugir
O sangue
Caliente
Que nunca erra.                               Moduan Matus.  




A estrada
Do interior de
Minas
Gerais
Tem o pé
O olhar
E as cores de
Ronaldo
Pio dos Santos
Em todo o
Caminho
Da arte
Quando se quer
Quando dele
Faz-se parte.                                           Moduan Matus.
  


Na cenografia
De Marcos
Flaksman
O dimensional
Duma tela
E o longo
Alcance
Da ilusão
Numa usina
De turbulências
E metáforas
Estatizadas.                                 Moduan Matus.