terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Signos: Poemas-Instalações

 

É o que dá

Marcelo

Ikeda

Visualizar

Na luz

Do fim

Do túnel

Um casulo

Encubando

Oficinas e

Gara(gens)

Enquadrando

Filmagens.                             Moduan Matus.



 

Dario

Fo

Da Itália

Fo(i)

Dramaturgia

Fo(ca)d(a)

Tradição

Dell´arte

Incitando

Políticas

Partes.                               Moduan Matus.



 

Figuras do barro

Coto de vidas

Cata do mundo

As dores infindas

Plenos de sol

Quartos de Luandi

A andar por aí

No jornar de Ponciá

Vicêncio

No eterno registro

E no versar de

Conceição

Evaristo.                        Moduan Matus.



 

A noite

No castelo

Italiano

O lirismo de

Carlos

Gomes

Numa modinha

A Maria

A Joana

Ou a ópera

A Peri

O guarani

Voz que ainda é

O escravo

O pai Quicé.

Quem sabe?                              Moduan Matus.



 

Amadeu

Torres

(Castro Gil)

Em torrentes

Amadas

De(s)onetos

Dodecatlos

Metapoéticos

Em razão crítica

Ao proesemar

De iliteracias

Em cenários indica:

Singular

Longo

Itinerário!                            Moduan Matus.



 

Gracias!

Grazia

Deledda

Zelar o velho

Velar a montanha

Expiar a culpa

São veredas

Porque guetos

Impotências

Cinzas e

Cloacas

Poucos chegam

As alamedas.                      Moduan Matus.



 

Desenhos da

Imaginação

Abstratam

O horizont(e)

Roberto

Magalhães

Pigmenta

O coro

Azul dos

Contentes

De sombras

E sangue

Por hemácias

De heurecas.                    Moduan Matus.



 

Debruçado

No piano

Noturno

Desobedece

Claude

Debussy

Misturando

E a música

Desfolha

Desfia

Desafia sem

Desafinar ou

Despir

O ritmo

Dos poetas.                                   Moduan Matus.



 

Lista nominata

Morfina fabrica

Algum mundo ímpar

E na música possível

Poetiza

Fabiano

Calixto

Saltitando a canção

Do vendedor de pipoca.               Moduan Matus.



 

De Willen

De Kooning

Ninguém

Sacia

A sede

Da ação

Do estio

Nas cores

Manchadas

De feminidades

Expressionistas.                 Moduan Matus.



 

A jacatirama

No verde país

De humanos

Calados

Pede o ofício

Das coisas

No traçado

Dos objetos

São as indagações

Costumeiras

De Luiz

Paiva de Castro

Sobre a natureza

Da realidade

Brasileira.                           Moduan Matus.



 

Imagens

Refletidas

Na poesia de

Leonid

Martinov

Diz de

Empecilhos

Nas trilhas e

Um murmurar

Nos becos

Das almas.                       Moduan Matus.



 

Aprendiz

De feiticeiro

Diz do Heitor

Villa-Lobos

José

Louzeiro

Entre a prole

Do bebê

Do algodão

Do carneiro

Dos choros

Das ocas

Das senzalas

E do ferreiro.

É a batuta

Em concerto

Do maestro

Brasileiro.                                 Moduan Matus.



 

O Velho

Pieter

Brueghel

Temperava

Ironias

No interior

Em proventosas

Festas

Saracoteando

Cores entre

Paisagens

Provérbios e

Glutões.                            Moduan Matus.



 

Ao sul

A tríade

O pampa

Do mar

O pai

Volta

Vai

Fabrício

Carpi

Nejar

P(a)[o]ssível

[re]conciliar

Sede certeira

Terceteira

Tecida ao amor

Quando esquece

De recomeçar.                      Moduan Matus.

domingo, 1 de novembro de 2020

Signos: Poemas-Instalações

 A briga

O susto e

Nada não

Dramas que a gente

Vai levando

Na crônica

De Marceu

Vieira

Feito notícia

De jornal.                            Moduan Matus.                     

 



Clandestino

Meio a tanto

Poder ilegal

A diáspora de

Manu

Chao

Um show

Musical

Transcendente

Pelos

Continentes

Ouça Mama

África

Call.                                     Moduan Matus.

 



No espaço

Entre cores e

Sombras

A pintura

Do filho eterno

Enquanto

Um grito de gol

Ecoa

Pela suavidade

Do vento.

Tesão

Vibração

De Cristovão

Tezza:

Seu talento.                          Moduan Matus.

 

 



Mais que

Chances as de

Adolfo

Sánches

Vásques

Que alguém

Faça da arte

Pela ética

Uma práxis

Da transformação

E não mais

Somente ideias

Serão.                                 Moduan Matus.

 

 



Experimental

Em eletro

Acústicos

Reginaldo

De Carvalho

Move

Em música

Nova

No martelo

(em)bates

Encaixes

Emblemáticos

De sons

Embevecidos.                    Moduan Matus.

 




Tem mulher que não

Quer acreditar

Nas voltas que

Os presentes dão

Embrulhados

Em corações de papel

Entre a terra

E o céu

Onde Fernanda

Takai

Conta

Canções

De vidas

E delas

Imitações.                   Moduan Matus.

 




Erguidas

Esculturas

De Henry

Moore

Do tamanho

Da dimensão

Ou deitadas

Aos labirintos

Subterrâneos

Sob ferro

De figuras

Estendidas

Retorcidas

De ambições.         Moduan Matus.

 




Ainda assim

Maya

Angelou

Se levanta

Ante aos

Estatelamentos

Aos escândalos.

O que ferve

É verve

Afro-estadunidense

Na reta

Da poeta!

 




As horas nuas

As meninas numa

Ciranda

De pedra

Chá e

Chão

Em que Lygia

Fagundes

Telles

Estrutura

Do amor

A invenção.            Moduan Matus.

 




Ensina

Encena

Dulcina

De Morais

A moral

Do melhor

Dos pecados

Em gotas

Em bodas

De sangue

Revestem

Tempos

Anti

Confessionais.           Moduan Matus.

 




Paradoxos

Do absurdo

Ao nonsense

Indicam

Um além.

Senão

Zenão

De Eléia

Não aporia

Imóvel

Ideia.                 Moduan Matus.

 




O sabor da

Sextessência

De Ona

Gaia

Propaga-se

No vácuo

De um poético

Não-ser

Que se possa

Imaginar

De amorfismo

Entre elementais.              Moduan Matus.

 



Desencontros

À esquerda e

À direita

De Jimmy

Liao

Numa noite

Muito estrelada

Esperam

A sós

Uma comunicação

Em que a lua

Vire

A rua

Numa missão

De ilustrar

A solidão.               Moduan Matus.

 




Por mais

De um século

Sem claudicar

O Correio da Lavoura

A circular

Jornal de ideias

Opinião

Sem medo

Mãos e olhos de

Robinson

Belém de

Azeredo.                         Moduan Matus.

 




Um

Hum

Num

Hume

Eu

Memo

Riando

Uma

Mane

Ira

Humana

Mente

Myself

Mental.             Moduan Matus.

 




Inventários

De cicatrizes

E de censuras

Costuram

Bocas com silêncios

Em estruturas

Mas não calam

A poesia denúncia

De Alex

Polari de

Alverga

Contra a morte

A tortura e

As fissuras

Por figuras

Repressivas

E obscuras.                          Moduan Matus.                           

 



D`arte

Aventureira

De D`artagnan

Três mosqueteiros

Desafiam

A um elo

Num duelo

A pena de

Alexandre

Dumas

A percorrer

Histórias

Fragmentos

E confins

A estampar

Folhetins.                    Moduan Matus.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Signos: Poemas-Instalações

 

Os rumos de

David

Hume

São sentidos

Estados de

Consciência

Dentre

Morais

Estabelecidas

Só por

Possibilidades

Na natureza

Humana.                   Moduan Matus.



 

Do cenário

Ao avesso

Luzes

Revestindo

Rebuscando

Emocionadas

Ilusões

Sabatinadas

De Sábato

Magaldi

Quando

Contidas

No roteiro

Do teatro

Brasileiro.             Moduan Matus.




 

No silêncio

Da chuva

Do céu

De origamis

E papel

Lucubra

Em passos

Espinosa

Martelando

A intuição

De Luiz

Alfredo

Garcia-Roza.             Moduan Matus.




 

Em sua

Estética

Arte

Cinética

Alexander

Calder

Move

Móbiles

F(p)eixes

E formas

(edi)

Ficantes.                 Moduan Matus.

 




O coro

No caso

Da casa

Assassinada

De Lúcio

Cardoso

Causa

(in)

Cômodos

Desconhecidos

Aos dias

Perdidos.                Moduan Matus.

 




O fio

Dos dias

Distendendo

Escorrendo

Da poesia de

Eduard

Bagrítzki

Dando cores

A casa

Dos minutos

Que vão

Pintando.                       Moduan Matus.




 

O visual

Histórico de

Pedro

Américo

Tinge

As cores do

Passado

A toques de

Tinteiro no

Grande

Campo do

Academicismo

Brasileiro.                               Moduan Matus.




 

Ao

Alçar

Alvar

Aalto

Erige

Iluminando

Decorando

Projetando

Um poema

À madeira

À arquitetur(a)

Aino e

À Aalborg

Humanizando.                          Moduan Matus.



 

Mosaico

Laico

Poemado

De Breno

Camargo

Serafini

Define

Uma geração

Millor(rada)

Pront(a) editoração

Aos pintados

Ejáculos

Do sol.                                        Moduan Matus.         



    

 

Arquitetando

Carimbagens

Nos nervos

Da cidade

Waldemar

Zaidler

Vai prendendo

Na trama

Do gosto

Umuro

Exposto.                       Moduan Matus.




 

Cheganças

Reisados e

Pastoris

Desfilam no

Interior de

Amadeu

Amaral

Junior

Bumbando

A festa

Das danças.                   Moduan Matus.



 

As castrações

Ao heloisista

Pedro

Abelardo de

Le Pallet

São amarguras

Calamitosas

De sim e não

De pró e contra

De amor e ódio

Do empirismo

Ao desígnio

Da razão.                           Moduan Matus.




 

Do Japão

Pequenas asas

(n)a mala

De Hana com

Karen

Levin(e)

Fumiko

Ishioka

Querem

Aprender

Sobrevoand(o)

Absur(do)

Interromper.                Moduan Matus.



 

Do barroco

Ao Arraial

Do Tijuco

Emérito

No período

Colonial

Em sons e

Na técnica

Musical

José

Joaquim

Emérico

Lobo

De Mesquita

Do moteto

A antífona

O organista conquista.               Moduan Matus.



 

No arco

Do céu

Da boca

Em riso

A poesia

De Iliá

Zdaniévitch

Num furueismo

Pinta as cores

Em chamas.                         Moduan Matus.

 

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Signos: Poemas-Instalações

 

Ainda

Vagueiam

As réplicas de

Júlio

Ribeiro

Vaugham

Pelas peles

Camaleônicas

Sobre a carne

Procelária

Entre evolução

E revolução

Corroendo

A liberdade

Do pensamento.               Moduan Matus.

 



O odor

De eucalipto

Em água

E terra

Dia

Após dia

Transformaram

A poesia de

Salvatore

Quasimodo

Numa

Trincheira

Cultural

Entre os lados

Do mal.                        Moduan Matus.

 



O azul se rasga:

Rubro

Vibra

Versos

Verve de

Alcides

Brás dos

Santos

Em amplos sussurros

Emersões

E a lua

Mel em pelo

Goza.                                  Moduan Matus.

 



Aí de

Guenáldi

Aigui

Surge

A poesia

Russa

Depois de tantos

Países e

De tantas escaramuças

A leitura agora

Aguça.                                      Moduan Matus.

 

Terceira margem do rio

Couro de cobra

Norato

Toca escultural

Do Manoel

De Barros

Refletidas nadadeiras

De policromados

E o sonho do caboclo

Inventando o pescar:

Se for de bem, pode ficar

Se for de lua, vai passar

Cabrum praticumbum

Tacobodoquechovia

Boto Raul Bopp

Zarabatanabocanhar

Negro e branco são um

Que nada pelo cafundó

Rio de água só

Nunca pede pra passar.                      Moduan Matus.

 

 



Escutando

O invisível

Eduardo

Calil

Aplic(a)

Retórica

Comportamental

De que as

Ideias

Exercitam

Um princípio

Atávico

Ao conceitual.                Moduan Matus.

 



Domínios de

Jaime

Wallwitz

Cardoso

São goteiras

Em altas horas

Nos cantos da alma

Vertigem

Mergulho

Verve de apreço

Passo e

Ultrapasso.                          Moduan Matus.

 

 



Tistu

Um menimo

(de)do verde

Em nuvens

Atravessa

Tempos

Do Maranhão

A Maurice

Druon

Tentando

Regar

Tamanha

Devastação.                 Moduan Matus.

 



O caso

Contado

De Mario

Ribeiro

Da Cruz

À sombra

Do mercado

Tem cheiro

De terra

De gente

De bicho

Do roçado

E reversa

Joias do

Passado.               Moduan Matus.

 



Romances

De amores

Novos

Ou velhos

São lidos

Sob a sombra

Do que fomos

Enquanto

Luís

Sepúl

Veda

Frestas

Do que

Seremos.                     Moduan Matus.

 



Parte a

O prelo

A pesquisa

Jornalística

De Emmanuel

Macedo

Soares de

Araru

Am(a)

Niterói

Suas histórias

E memórias.

O tempo

Não corrói.                Moduan Matus.

 



Partilhas

De sombras

Ensimesmadas

À beira dos

Corpos

Alimentam

O breu

Interior

Que Walmir

Ayala

Descreve

Nas brumas

Do estupor.               Moduan Matus.

 



Um brinde

A casa aberta

De Fernando

Brant!

Em Caldas

O caudal

Letreiro em

Travessia

Pelo fio da

Esperança

Tece

E alcança

Esquinas

Dobradas

De lembranças.            Moduan Matus.

 



A verdade

Que liberta

Mora junto

Ao altruísmo

Que transforma

A filosofia de

Thomas

Henry

Huxley

No cultivável

Jardim

Humano.                        Moduan Matus.

 



De Antonio

Barreto

Poemovem-se

De ar

De vizualiz

Ar

Vagam

Vez de vento

Luzem

De alado

Lados

Asas

Par

E pousam

Pausa

No pomar.                      Moduan Matus.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Signos: Poemas-Instalações

 

No cosmo

A saga

Do viageiro

Carl

Sagan

Um pálido

Ponto azul

Incontido

De eternidade

Dentro e fora

Não sendo nada

Além de desejo

De firmamento.                      Moduan Matus.




 

Teo ria

No teatro

Que desatrofia

Enquant(o)

Drama

De Paulo

Bio

Via

Vianinh(a)

Ironia

Descrever

A mais

Valia.                                    Moduan Matus.




 

Definindo o objeto:

A consciência

Conciliando

Conceituando

Estruturando

Direcionando

Princípios de fenomenologia

Feito

Edmund

Husserl

Cheio de razões

Mutantes

Dos estados mentais.                      Moduan Matus.

 




Conceição

Albu(querque)

Os versos

Perfil(em)

Sombras

De antes

De vozes

Do agora

Anônimas

Próprias

Em querências

E bucolismos

Refulgindo

O amanhã azul.                          Moduan Matus.

 



Em feira livre

De Duque

De Caxias

O cordel de

Francisco

Barboza

Leite

Redesenh(a)

Poesia

Num voo

Em ânfora

De enigmas.                             Moduan Matus.

 


Aposte

No graffiti

De cabeça

Feito por

John

Howard

E a comunicação

Será

Por todos

Sentida

Em qualquer

Lugar.                                      Moduan Matus.

   



Como tesouro imortal

A poesia necessária

E a felicidade

São quase nada.

Pode perecer

Romance no dial

Narrando tardes radiofônicas

Na fibra

No salto da inquieta

Maria

Muniz

Para mulheres

Quiçá homens

Que ousam hoje

No social

Que ela sempre quis.                    Moduan Matus.

 



Ossadas sobre ossadas

Descende

Flui a poesia

E o rio caudaloso

Avança em avalanche

E cálcio

Entre o pó

Do Pará.

O poema

De Paulino

De Almeida

Brito

Molha o horizonte

Noite em claro

Despertando auroras

De novos dias.                            Moduan Matus.

 



Moa-se

Em sí

Sinas em

Sinais

Insinua

Moaci

Cirne no

Cerne e na

Verve da

Sinuosa

História

Quadricular.                        Moduan Matus.

 




A poética

Da natureza

Das coisas

Sabiamente

Diz

Lucrécio:

Vem

De dentro do

Invisível

Liberta

Do medo

E torna

O mundo

Possível.                         Moduan Matus.

 



Abc de xácaras

Em últimos

Harpejos

Apeam

Em Sílvio

Romero

Recolhidos

Em elos

Fabulosos

De tradição

Do cancioneiro

Brasileiro.                       Moduan Matus.

 



À beira

Ibérica

Xosé A. Neira

Cruz de

Santiago de

Compôs

Tela

E prata

Na feira

Deste lado

Aquarela

Destinada

Destilada

Fermentada

Fervilhada

Polvilhada

De histórias

E de Castela.                          Moduan Matus.

 



Na flor do dia

Na pedreira da vida

No sindicato dos bichos

E na marreta da morte

O cordel

Xilogravado

E encantado

De Minelvino

Francisco

Silva:

Precioso garimpado.                         Moduan Matus.

 



Na voragem

Construtivista

A poesia

De Iliá

Selvínski

Atravessa

O mar

E o vento

Uivante

É o eterno

Declamar.                                    Moduan Matus.

 



No binóculo

Contos do

Arco-da-velha

De Alberto

Figueiredo

Pimentel

E uma carochinha

De Macaé

Ao universo

Pelo Rio

Vai passando

(d)e(s)correndo

Narrando

Encantando

E significando.                       Moduan Matus.

 




Na dispersão

De Mário

De Sá-Carneiro

O que permanece

Enlouquece

Até que retorne

Ao que não havia

No meio

Do ser

Entre

O inferno

Do gelo

E o fogo

Do céu

Na hipotermia.                          Moduan Matus.