sexta-feira, 1 de maio de 2020

Signos: Poemas-Instalações


O Cardápio Poético
Indica:
Deguste
Flor do ingá
Vicissitudes de
Luiz Renato
Souza Pinto
Reverberando
Fragmentos
Entre as paredes
Dos conflitos humanos
Até que se coa
Duna em
Ponto de partida ou

Que soqueie o sereno.                    Moduan Matus.





Ondjaki vê
Aprendizagens
Se descoisificando
Do chão
Em vulcão
Em cada ser
Por onde anda
Lua
Luanda e ainda
Légua e língua
Íngua e água
Égua
& outras conjecturas
Apalpáveis
E afáveis
Poematizando.                Moduan Matus.





Happenings
Do vazio
Modista do ser
Por Yves Klein
E do cheio
Empacotamento social
Por Arman Fernandez
Na galeria
Íris Clerc
Renovam o realismo
De coisas inacabadas
Advindas
Da arte exposta
Na figura humana
Por Pier(re)stany.                    Moduan Matus.




Da alimentação
No Brasil
Luís
Da Câmara
Cascudo
Remonta
Do início
Ao pós-tudo
E a riqueza
Que beleza!
Está posta
A qualquer mesa.                        Moduan Matus.





O humano
Colorido
E iluminado
De Marco
Lodola
Quando
Sincronizado
Arte
Feito
Arco-íris
Também
Evola.                      Moduan Matus.







O tempo em
Daniel
Munduruku
Narra
A intensidade
Invisível
Da natureza
Tecendo
O tênue fio
Que aos olhos
Por vezes
Parece feito
De vazio.               Moduan Matus.







Cor &
Reggio
Com
Torna
O nu de
Antonio
Allegri de
Nascimento e
Renascimento em
Corregio
Formando
A cúpula
Precursando
Barrocidades.       Moduan Matus.





          
Agora
Aqui
Ninguém
Precisa de si
O habitus
O habitat
O hábito
E a órbita
Delineiam
Hábeis
Hipóteses de
Arnaldo
Antunes.                               Moduan Matus.





Lithographias
De Pedro
Ludwig e
Frederico
Guilherme
Briggs
Remetem
Um brasilismo
Em suvenires
Arquitetando
Paisagens
Em seus lumes
E prensando
Estampas
Em seus costumes.                     Moduan Matus.








Bota
Diz de
Alex
Vallauri
E a paisagem
Transforma-se
Em intervenções
Intervidas
Aqui
E acolá
No muro
Urbanal
Imagem do caos.                   Moduan Matus.









O acaso em
Daniel
Senise
Desponta
Sem fim
Nem começo
De ensinos
Ateliéticos
Que a arte
Corrobora
Em teto
Piso e
Parede:
Vêde!                                Moduan Matus.








Os fluxos
E as percepções
Canonizadas
A luz
Mediterrânea
São os símbolos
De Raul
De Leoni e
É dessa argila
Das criaturas
Renascidas
Que se lapida
O caminho
Do tempo.                        Moduan Matus.







Expressão
Do inconciente
De imagens
Andinas
Fractalizadas
Ou em estátuas
De bronze
De lava cordada
Expõe
O liame
De Roberto
Matta
Às formas
Inacabadas.                   Moduan Matus.








O sonho de
Tom
Waits
É uma sensação
O som
Tem seu próprio
Itinerário
Noturno e
Depois de
Enxotado
Para a rua
Faz-se de farrapo
Molho e
Tonaliza a lua.              Moduan Matus.







Moldagens
Esculturais
Avivam a
Goiva de
Jaime
Sampaio
Em páginas
Da natureza
Entre
A árvore
A chuva
E o raio.                           Moduan Matus.