domingo, 1 de novembro de 2020

Signos: Poemas-Instalações

 A briga

O susto e

Nada não

Dramas que a gente

Vai levando

Na crônica

De Marceu

Vieira

Feito notícia

De jornal.                            Moduan Matus.                     

 



Clandestino

Meio a tanto

Poder ilegal

A diáspora de

Manu

Chao

Um show

Musical

Transcendente

Pelos

Continentes

Ouça Mama

África

Call.                                     Moduan Matus.

 



No espaço

Entre cores e

Sombras

A pintura

Do filho eterno

Enquanto

Um grito de gol

Ecoa

Pela suavidade

Do vento.

Tesão

Vibração

De Cristovão

Tezza:

Seu talento.                          Moduan Matus.

 

 



Mais que

Chances as de

Adolfo

Sánches

Vásques

Que alguém

Faça da arte

Pela ética

Uma práxis

Da transformação

E não mais

Somente ideias

Serão.                                 Moduan Matus.

 

 



Experimental

Em eletro

Acústicos

Reginaldo

De Carvalho

Move

Em música

Nova

No martelo

(em)bates

Encaixes

Emblemáticos

De sons

Embevecidos.                    Moduan Matus.

 




Tem mulher que não

Quer acreditar

Nas voltas que

Os presentes dão

Embrulhados

Em corações de papel

Entre a terra

E o céu

Onde Fernanda

Takai

Conta

Canções

De vidas

E delas

Imitações.                   Moduan Matus.

 




Erguidas

Esculturas

De Henry

Moore

Do tamanho

Da dimensão

Ou deitadas

Aos labirintos

Subterrâneos

Sob ferro

De figuras

Estendidas

Retorcidas

De ambições.         Moduan Matus.

 




Ainda assim

Maya

Angelou

Se levanta

Ante aos

Estatelamentos

Aos escândalos.

O que ferve

É verve

Afro-estadunidense

Na reta

Da poeta!

 




As horas nuas

As meninas numa

Ciranda

De pedra

Chá e

Chão

Em que Lygia

Fagundes

Telles

Estrutura

Do amor

A invenção.            Moduan Matus.

 




Ensina

Encena

Dulcina

De Morais

A moral

Do melhor

Dos pecados

Em gotas

Em bodas

De sangue

Revestem

Tempos

Anti

Confessionais.           Moduan Matus.

 




Paradoxos

Do absurdo

Ao nonsense

Indicam

Um além.

Senão

Zenão

De Eléia

Não aporia

Imóvel

Ideia.                 Moduan Matus.

 




O sabor da

Sextessência

De Ona

Gaia

Propaga-se

No vácuo

De um poético

Não-ser

Que se possa

Imaginar

De amorfismo

Entre elementais.              Moduan Matus.

 



Desencontros

À esquerda e

À direita

De Jimmy

Liao

Numa noite

Muito estrelada

Esperam

A sós

Uma comunicação

Em que a lua

Vire

A rua

Numa missão

De ilustrar

A solidão.               Moduan Matus.

 




Por mais

De um século

Sem claudicar

O Correio da Lavoura

A circular

Jornal de ideias

Opinião

Sem medo

Mãos e olhos de

Robinson

Belém de

Azeredo.                         Moduan Matus.

 




Um

Hum

Num

Hume

Eu

Memo

Riando

Uma

Mane

Ira

Humana

Mente

Myself

Mental.             Moduan Matus.

 




Inventários

De cicatrizes

E de censuras

Costuram

Bocas com silêncios

Em estruturas

Mas não calam

A poesia denúncia

De Alex

Polari de

Alverga

Contra a morte

A tortura e

As fissuras

Por figuras

Repressivas

E obscuras.                          Moduan Matus.                           

 



D`arte

Aventureira

De D`artagnan

Três mosqueteiros

Desafiam

A um elo

Num duelo

A pena de

Alexandre

Dumas

A percorrer

Histórias

Fragmentos

E confins

A estampar

Folhetins.                    Moduan Matus.