quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Signos: Poemas-Instalações


Sopros e
Outros poemas
Na melodia
Enquanto
Clara
Dormia
E a flauta
Doce de
Gláucio
Cardoso
Fluindo
Extasia.                                         Moduan Matus.









No estendal
Toda a sua liberdade
A boca do vento
Delineando
O ousar do movimento.
Ao se instalar
O tempo se gasta
Na exposição dos fatos
Que quadro a quadro
Desfaz-se fácil
Do infortúnio
Na estética
De Domi
Júnior.                                  Moduan Matus.






Dayse
Marcello
Versa
Buakamukua
A tradição
E o movimento
De negro
De terreiro
De rua
Nessa cultura
Que gente
Como a gente
Atua.                                          Moduan Matus.







Tinha algo de
Real paisagem
Nos olhos
Face de
Laís
Sá do
Amaral Júnior
Quando o beijo
Da mulher piranha
Foi dado em poesia
E no bom contar
Da mulher tanajura
Que em brasa ainda
Atiça a língua
Dos exegetas.                     Moduan Matus.






Da pedra do
Quilombo
À cratera
Do vulcão
O historiador
Ney
Alberto
Gonçalves
De Barros
É a terra aquém
Indo de perto
Do barco
Para perto do trem.                          Moduan Matus.






Maria
Carmem
Albernaz
Pela serigrafia
Traz
O plano
Eficaz
De contar
Na tela
O permeio
O esteio
Em arte
Voraz.                                              Moduan Matus.





Palavras de
Elizabeth
Bishop
Descrevem
Cantam
Saltam
Por árvores
Aves
Brasilidades
E aguardam
Em silêncio
O desfecho
Poético
Do lírico
Manto da noite.                              Moduan Matus.






O que se sabe
Sociodecorre
Do histórico-cultural
Teorisa
Lev
Semionovich
Vygotsky
O pensamento
A linguagem
E a arte
É só aporte
Do afinco geral.                             Moduan Matus.






Jornalistas
Revolucionários
Retornarão
A desvendar
Pela retórica
E prls trajetória
De onde
Bernardo
Kucinski
Capta tudo
Como
Antena
Parabólica.                                      Moduan Matus.






Sobre novas ondas
Amar
A mulher do lado
Depois beber
E cantar
No furor
Do experimentar
Restaurand(o)
Imaginário
Feito
Cinema de autor
Meio Alain
Resnais
Meio François
Truffaut.                                    Moduan Matus.






A dor de
Guiseppe
Ungaretti
Na pauliceia
Despedaçada
Refaz
O sentimento
Poético
Do tempo
Sem peso
Sobre o nada
Assoprando
O renascer
Do vento.                            Moduan Matus.





Grafitando
Alberto
Lima
Tupinãodava
Inundando
Em cores
A city
Que garoava
Acinzentava
Numa
Esquisitice.                         Moduan Matus.






Os objetos
Que se prestam
Ambientalizando a
Casa dei bambini
São absorções
De sentidos
E personalizações
Do saber de si
Na vida
E no observar de
Maria
Montessori.                       Moduan Matus.






As obras
Em dobras
De Cesare
Berlingeri
Duplicam
A sensação
Da mão
Permeiam
A envesgação
E excitam a
Interlocução.                     Moduan Matus.






Corpos
Nus em
Madeira
Entalham
Efrain
Almeida
Raiz
Cerne e
Cheiro
De floresta
Brasileira.                    Moduan Matus.