quarta-feira, 1 de abril de 2020

Signos: Poemas-Instalações


Do sentimento
A previsão
De Joana
Ribeiro
Comendo versos
Bebendo letras
No cafezinho
Da tarde
Sobre aquilo
Que ninguém
Quer saber:
Poesia não é só pão
E sopão não é poesia!               Moduan Matus.




Deveras
Antenado
O mestre
Antenor
De Veras
Nascentes
Várias
Fez jorrar
Indo à fonte limpa
Consultar
O fraseológico
Em gáudio
Popular.                               Moduan Matus.




Vivo
Dito
Alberto
Greco
Disso fez
La gestualidad
Argentina
Del las calles
Del los pueblos
Y su teatralidad
Resistente
Y existencial.                       Moduan Matus.



Viés
Do fio
De José
De Castro
De doce rio
Por um triz
Mostra a arte
De Goulart
Gomes
De Poetrix
Em poemanados
Infantis.                                Moduan Matus.




A fauna
(quase)
Desmatizada
Alinhada
Em quadras
Acinzentadas
Constrói a
Coletiva
Apanhada
Em filós
De planadas
Por Wanda
Pimentel
Meio as chapadas.               Moduan Matus.




No Capão
No Boqueirão
Nasce o respeito
Para quem critica
A opressão
Burlando mudando
A forma de ser
No rap
No compromisso.
É Mauro
Mateus
Dos Santos &
Sabotage
Interagindo
Por isso.                         Moduan Matus.




Embaixo
Do chão
Keith
Haring
Ressuscitando
A liberda(de)
Expressão
Perpassando
Muros
Pela arte
Erupção.                          Moduan Matus.




Grava
Onde girava
Oswaldo
Goeldi
Xilos de
Solidão e
Silêncio
Entre postes
Calçadas e
Abandonos
Esperando
Que a cidade
Se aqueça
Pelas frestas
E entre os traços.                   Moduan Matus.




Entre histórias de quem
E conversas com quem
Gosta de ensinar
Eterno o canoeiro
Rubem
Azevedo
Alves
A remar
Remexendo
Conceituando
Os filhos do amanhã
Feitos em sua
Arte de alimentar
Pelo sabor
De querer
Sempre libertar.                       Moduan Matus.





Quando
Antonio
Barreto
Tecer o céu
Anoitecerá
E virá
Vagalovinis
E o que
Acontecerá
No oposto do
Que brilhará
Após a fenda
Que ficará
O(n)de se revelará
E ser se poemará?                             Moduan Matus.



No campo de batalha
O homem
E seu algoz
A cidade
A terra do antes
Fragmentos de mídias
Corrosivos
A mão esquerda
De seus habitantes
E Fausto
Wolf
Feito de crônicas
Entre garçons e
Canções despreocupadas.                  Moduan Matus.



Antes que se perca ou
Seja percalço
Guarda pra mim
O que ainda sou
Entretecido
Feito de Ele
Semog e
Provável ainda serei
Veia de algo
Que alimenta o tempo
De oceanos e de travessias
Umedecido de ventos
Misturas e tempestades
Formando o viço exponencial
Da tarde repleta do dia
Se esvaindo em poesia.                             Moduan Matus.



No conto de
Mariel
Reis
John
Fante
Trabalha
No esquimó.
Foi um ano ruim
De se degustar
Pergunte
Ao pó.                                      Moduan Matus.


   
Entre a função
Grá(ti)fica e
Respostas
Interiores
Estão a arte
Caricaturista
E a mão de
Hermenegildo
Sábat
Universalizando e
Personalizand(o)
Mundo
Descrevendo
Reiventand(o)
Traço da história.                    Moduan Matus.