quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Signos:Poemas-Instalações

Riscando arte
Poética
Ricardo
De Carvalho
Duarte
Chacal
Atalha
E tal
Seu fardo
De traquinagem
Com o preço
Da passagem
Que desengana
Contemplando
A poesia marginal
Em nuvem cigana.                      Moduan Matus.





Abra
Uma página de
Paula
Abreu e
Veras
Paulo Moska
Vera
Versos
Vânia
Vida dançando
Ouvindo
Luanda & segredo
Ro(n)dando
Devaneios
De cheiro e de medo.                   Moduan Matus.




As palavras
As coisas
E suas bifurcações
São acuidades
Em interfases
E interfaces
De prazeres
Como focou
Michel
Foucault
Numa vontade
De sempre saber
A ordem do discurso.                 Moduan Matus.





A santa oca
No nicho
Lascas na sala
Água
Para todos os lados
Um aquário
Rio
A espera
Do olho-arte
Fix(a) paisagem de
Flávia
Portela
E a poesia
Antes indizível
Ganha o dia.                        Moduan Matus.





Na escola
Experimental de
John
Dewey
Une-se a teoria
Ao pragmatismo
E o “nada sei”
Intermedia
Instrumentaliza
Por configurações
A democracia
De significâncias
Dos interesses.                       Moduan Matus.





Flores
Melíferas
Grafitadas
No amargo
Muro
Brilhando
No escuro
Da pólis
Pólen
De Maurício
Villaça.                               Moduan Matus.




Em gargalhadas
A irreverência
Pescoçuda e
Cartunista de
Caco
Galhardo
Quando quadriniza
A toalha
Consumista
Estirando
O banquete
Pantagruélico
Imperialista.                                 Moduan Matus.





No moinho de
Alphonse
Daudet
Gira
O cotidiano
Contando nas pás
Sopros de
Diligências
E hospedarias
Numa
Manifestação
De coisas
Provinciais.                               Moduan Matus.





Afagos do bem viver
No visual
Da arte-postal
De José
Rufino
Desconstrói
Estragos
Expostos
Na base comportamental
Da sórdida política
Usual.                                       Moduan Matus.





Perambulações
E entradas
Viquinguescas do
Vulcânico
Halldór
Laxness
Vão
Além do gelo
Além do lago
Formando linhas
Que não param
Na estação
Atômica.                                     Moduan Matus.









sábado, 2 de novembro de 2019

Signos: Poemas-Instalações



Solange
Maria de Souza
Soma: sou zás!
E olha
Desenha
Conta que nunca
Esquece o começo
E tem em Eros
Sua castidade
De sol & mar
Angel ou cupido
Solidificando
O que pode ser
Um postal do
Belo amanhã.                        Moduan Matus.





Chapéu e violão
De Robson
Gabiru
Saúdam mesmo
Mudando de lugar.
Irreverência humor
Músicas
Do compositor
Na memória
Vão ficar
O trem na onomatopeia:
Pataco-pataco!
Toda hora vem lembrar:
A arte ímpar
Nos pares
Revivendo o criar!                      Moduan Matus.






A mutuofagia
Na arte
Plantada e
Desenraizada
De Ai
Weiwei
Recicla a terra
Tecida de silêncios
Semeando palavras
Para regar
O fluxo
Humano.                                  Moduan Matus.






Na selva
Ar
E relva
Perdem-se
Os poemas
De Simone
Pedersen
Pela
Fotogenia
Haicaista
Aquarelando
O dia.                                  Moduan Matus.






Deus
Mora no
Homem
Essência de
Ludwing
Feuerbach
Ali se fazendo
E se fechando
No fideísmo
Milagroso
Do existir.                           Moduan Matus.






O caminho
De marahu
Vagindo
Em versos e
Max
Martins
Em punhos & passos
Sinergéticos
Adentrando
Em lascívias
Entre a espuma
E a flor da areia.                      Moduan Matus.






Imagem em
Caos
Pinta na
Escultura de
Max
Ernest
Feito
Fractais
Inconscientes
Espraiando-se
Em movimentos
E exacerbos.                             Moduan Matus.






A viagem
Rompe o mistério
Entornando estrelas
Criando canções
De acender a noite
Que por pouco
Não vilipendia.
Então
Denise
Emmer
Pelo fio indutor
Perpetua em poesia
Panaceia
Ao vindouro dia.                           Moduan Matus.







Vem de
Caetité
O aprender progressivo
Para a liberdade humana
Além do exercício da fé
E t(em)
Anísio
Teixeira
O introdutor
Ao mundo moderno
O libertador
Das amarras do colégio
Ao dizer:
- Educação não é privilégio.                   Moduan Matus.






Tal
Vital o
Tropic(o)rientao
Que Nelson
Capucho
Solt(a) chama
Dos elementais
Em estendais
Existenciais
Panoramizando
Hai-kais e
Micropoemas
Bonsais
Em aparas
Suprarreais.                               Moduan Matus.






Feita
De silêncios
Gabriela
Mistral
Na pena
Sopra
Um Chile
Sobre
Jardins
De infâncias
Roubadas.                                Moduan Matus.





Sonetos
Com jeito de
Crepúsculo de estrelas
Revelam a
Miragem do silêncio
E a alma da noite
Onde
Octavio
Ribeiro da Cunha
Verte
As lágrimas
Que falam.                                 Moduan Matus.





Em lampadários
Do Rio
A chama
Em cascatas
O charme
Manuelino de
Mestre
Valentim
Da Fonseca
Das marrecas
Das estátuas
Dos jacarés
E saracuras
De largo e de longo
No Paço de pé ao
Passeio público.                         Moduan Matus.






O verso
No manto
Místico de
William
Butler
Yeats
Busca
Revelar
A tradição
E independer
Do lado oculto
Da paixão
Para viver
O que basta pleno
Em renovação.                             Moduan Matus.






José
Arthur
Salleiro
& cerâmicas
Saltam
Sobre
Bancadas
Prateleiras
& estantes
Orbitando
Num instante
Não obstante
Do nascer 
Argiloso.                                     Moduan Matus.



terça-feira, 1 de outubro de 2019

Signos: Poemas-Instalações


Da tarde
O rumor
Das ondas
Da Praia
Do Anil
Onde
Benedita
De Azevedo
Silva
Banha-se azul
De haicais.                        Moduan Matus.




Da bicicleta
Do agora
Elada em aros
Os olhos da rua
Num emaranhado
Inquietante
De história versejada
Que Marcio
Rufino
Adocica
Todo em amor
Que aqui está
Marcando o rodar
No solo das horas.                  Moduan Matus.





As aventuras
Da dialética
Nos tempos
Modernos e
Maurice
Merleau-Ponty
Pontuand(o)
Ambíguo
Do homem
Inconformado
Com o outro dia
Do coletivismo
Exacerbado.                     Moduan Matus.




Do interesse visceral
Nasce a opinião
Corrente
Em fio de memória
Feito cinema de
Eduardo
Coutinho
E o desejo na boca
No lixo
Marcando cabras
Feito gado
Por dogma
Capital
E pecado.                          Moduan Matus.





A tempestade da vida
Deixa a cada um
Duras lições.
Eis a contestação
Necessária
A gerir a força
Do argumento
Dando sentido
As coisas brotantes de
Florestan
Fernandes
Em era cabal
De revolução
Social.                                 Moduan Matus.





Sem verdades
A teoria
De Paul K.
Feyerabend
É pela filosofia
De que tudo vale
Enquanto
Sabedoria
E mais
Se tiver
Um toque
De anarquia.                     Moduan Matus.





Ana
Martins
Marques
Marc(a)
Arte das armadilhas
Em vida submersa
Num marinar
De alhos
E bugalhos
No peso oco
Do coração
Naufragado no dilúvio
Pessoal.                                          Moduan Matus.





De Georges
Braque
Base
E baque
De indisível
Cubismo
No vibrar
Do violão
E no violar
De vento
De asas
No desejo de tocar
Mais as coisas
Da imaginação.                     Moduan Matus.




No silêncio 
Axiomas de
Kostas
Axelos são
Argumentos
De um pensamento
Em desdobramento
Desafiando
A filosofia
Tribal
Emplacada
Nessa mesmice
Trivial
Nesse querer
De hedonismo
Visceral.                               Moduan Matus.



Foto
Linguagem
Apanhados
De Roberto
Maia
Capturam
Cânones
Com cada um
No vórtice
De cada um
Olhando
Único
Sublimar.                            Moduan Matus.        





A estética
Dos retângulos
Perpassa
O branco
Sobre o branco
E sequencia
Os quadrados
Num construtivismo
Selando o espaço
No tempo de
Kazimir
Malevitch.                                         Moduan Matus.  





Os e as empurram
Anos a fio
Por tal final dos
Anos sessenta
E a poesia participativa
De Jurandy Santos
Perdida/achada/desvairada
Meio aos prédios do burguês
E Joãozinho
Cotidiano
Desenhando no cenário
A vida das ruas
De famintos proletários
E lotados ônibus
Diários.                         Moduan Matus.





Interagir
Ao conhecer
E desenvolver
Para surgir
Superestruturas
Incognoscíveis
De alto ser?
Diz
Louis
Althusser
Não
Proceder.                    Moduan Matus.





Alceu
Amoroso
Lima
Ensaia
Nos mitos
De nosso tempo
Tristão de
Ataíde e
Os adeuses
Da realidade alçada
Do solo humanitário
Em críticas
Infundadas.                    Moduan Matus.





Ante
O uivo
Parte
Ao chamado
Selvagem
Jack
London
Contando em
Socializantes
Aventuras
O vigor
Das agruras.            Moduan Matus.


domingo, 1 de setembro de 2019

Signos: Poemas-Instalações

Quem é
Do samba
Não cansa de
Afropictosofia
E Marcelo
Bizar
Tamborilando
Recria
Ritmo
Magia e
Poesia.                        Moduan Matus.



Quadro
Paisagem visual
Há quem
Burle mais
Burle Marx
Rindo frouxo
Marx
Groucho
Mas
Interferência social
Só há
Marx
Karl.                                      Moduan Matus.




Rosa Passos
Passa dias
Em festa por dunas
Estradas em
Tropicausas
Sem ninguém e nem
Então em sorriso
Pelo paraíso
Se atém
E quando quer partir
Em mais viagens
Logo vem aos montes
Letras do Aldir
Blanc.                                 Moduan Matus.




Barco
Cabaças
& barcaças
Na cena ceramista
De Nhô
Cabloco e
Manuel
Fontoura
De Águas Belas
O barro doura
E modela.                                 Moduan Matus.




Haroldo
De Campos
Compôs
Galáxias
A ver (dos) navios
Em sign(ific)ância
Quase céu e
É quase seu
O paraíso
Ao olho do dragão.               Moduan Matus.





Num avanço
Impressionista
Pinta
Georgina de
Albuquerque
Libertando-se
Do grilhão
Ao movimentar
A luz dos
Raios de sol
Nos dias de verão.                  Moduan Matus.




De pés
E falos inchados
Olhos vazados
Édipos
Reis
Súditos de
Sófocles
Alimentam
As cinzas
Por manter
Do fogo
Do destino.                        Moduan Matus.



Denodos em
Flâmulas
De Alceu
Wamosy
Adentram
A terra
Virgem e
Eis a gleba
Ideal:
Pranto
Planto &
Poesia.                          Moduan Matus.



Fotografando
O antes
O durante
E o depois
No Rio
Augusto
Malta
Documentou a transição
Da colônia à república
Num alargamento
De interesses
E distanciamento
De classes.                      Moduan Matus.




Age
(A)gil
Agi
Straus
Na arte
No auge
Das florações
Navegante
Atravessando
Um mar
De sal
Sargaços  
E cascalhos.                    Moduan Matus.



sábado, 3 de agosto de 2019

Signos: Poemas-Instalações


O luar que
Teresa Cristina
Buarque acende
Como candeeiro
Ilumina
Semeando samba
O ano inteiro
Dourando &
Dorina
Aquecendo o tambor
O pandeiro
Batendo em asas
Senzala de marombeiro &
Mart’nalia.
Cantando pura
Poesia de terreiro.                      Moduan Matus.

Oficinema
De Sergio
Santeiro
Projet(a)
Logosofia
De sair
Do ponto
Por dois
Pontos
Reticenciando
Por retículas.                               Moduan Matus.

Ildasio
Tava
Ares soprando
Odes oh deus
O seleto canto
Do homem do campo
Capinan
D(o) chão dos
Impropérios flatulentos
E as palavras
Ah! As palavras
Música solta ao vento.                           Moduan Matus.

Da casca
O cerne
Semente arraigada
De Geraldo
Marçal
Dos Reis
Dadinho
Esculpindo cidades
Arvorando
Do Iguaçu
Ao Pontal.                                 Moduan Matus.                  

Utopia
Sombria
E vozes da solidão
Caminhos de
Escatologias em
Frans
Kafka são
O absur(do)
Mundo
Cabendo na
Imaginação.                            Moduan Matus.

Nudez.
Moral de
Antônio
Manuel:
“O corpo é a obra”
Que mais se expõe
Pelos telhados de vidro
De uma década
Que sobra
Tentando ainda
Descobrir-se
Também.                              Moduan Matus.

Marques
Rebelo
Rebelou-se
Revelando um
Rio de
Janeiro
Contado
Em cantos
De celeiro.                      Moduan Matus.

Barracão partido
Alto jongo rogo de
Pastora o choro no morro
Sem carpideira
Só diáspora &
Tradição
Wilson
Das Neves
Wilson
Moreira
Nei Lo
Pes quisando de corda
De roda de sopro
& “u” som
Toda (re)percussão.                                 Moduan Matus.

Jota
Rodrigues
Indo e o cordel
Desamarrou
O fio da Baixada
O enredo
Desargumentou
De concepções
Versadas e passadas.
- Marieta
Minha preta
Vamos continuar
A arrastar
As alpercatas?                                   Moduan Matus.
  
Até
Agora
Anaxágoras
Paira
Com um dedo
Molhado
A espera do vento
Norte
Onde
(se)meia
Tod(as)
Possibilidades
De ser a                   
Separata.                                   Moduan Matus.