terça-feira, 1 de junho de 2021

Signos: Poemas-Instalações

 Reflexões de

Almir

Silvícola

Na metrópole

Mostra que

A poesia

É alento

Paixões em

Movimento

Docura e

Certo

Atrevimento.                   Moduan Matus.

 

 

 

 

Nas

Vivas

Cidades:

Veneza

Vicenza

Viena

Violava em

Violino

Às quatro estações

Antonio

Vivaldi e

Extravagantes e

Volumosas

Harmonias

Vendia.                           Moduan Matus.

 

As águas

Marinhas de

João

Batista

Castagneto

Batizam

O litoral

Brasileiro

Ele tanto empastela

Quanto aquarela

Em mergulho singular

Do efêmero

Abrir e fechar.                     Moduan Matus.

 

Se visse

Como vivemos

Agora

Anthony

Trollope

Escreveria

Que além da

Aristrocraci(a)

Burguesia

Desse mal

Também sofreria

Sendo o social

Tão

Paradoxal.                             Moduan Matus.

 

A arte de

Enrolar com

Responsabilidade na

Baixada de

Gisela de

Jesus

Barros

É um

Agito

Cultural

Total-teatral.

São ruas

De longas estradas

Contracenadas.                              Moduan Matus.

 

A primavera

Florentina

Renasce

Em tintas de

Ales

Sandro

Botticelli

Onde vê nus

Mitológicos

Despindo a

Humanida(de)

Tabus e

Preconceitos.                 Moduan Matus.

 

O folclorismo

Arraigado em

Afonso

Cláudio

Demove

Cantigas que

Revivem

No circular

Das trovas

Pelas

Plantações.                       Moduan Matus.

 

Primeiro

A marcha do

Segundo

Sexo no

Terceiro

Milênio

Convite às

Quadras

No chamar de

Simone

De Beauvoir.                    Moduan Matus.

 

Sete cordas

E todos os tons

(até Jobim)

No violão de

Raphael

Rabello

Deixando a

Saudade

Chegar.

Pois é

Garoto.                                Moduan Matus.

 

Entre

Pinturas

Apócrifas

Ver-me-ei

Jan

Vermeer

Vermelho

De interiores

De alcovas

Em ruínas

Em ruelas

Num concerto

Onde tantos

Almejam.                   Moduan Matus.

 

Viventes

Somos poucos

Entre o fosso

O poço e

O calabouço

De Carlos

Nejar em

Danações

Ordenações e

Plantações

Da árvore

Do mundo

No chapéu das estações.               Moduan Matus.

 

Mudo

O vagabundo

Carlitos

Falou por

Charles

Spencer

Chaplin

Sobre a vida livre

De cachorro pastor

De almas nas luzes

Das cidades onde

Grandes ditadores

Nos tempos modernos

Só mimicam

Melodramas

Facticiosos.                                 Moduan Matus.

 

Esfingética

Maria

Bonita rosa

Mística fruta

Bugra fatal

Do mato

Do boto

Razão

Legal

Do coração

De Afrânio

Peixoto.                               Moduan Matus.

 

Se um sétimo

Caos houver

Todo o veneno

Será preciso

Destilar e

Exterminar

Por gotas

Góticas

A alma

Que couber

Do contato

Diz Gustavo

Flaubert.                               Moduan Matus.

 

Jairo

Bráulio é

Quem canta

Naselvadeilusões

Antípodas.

O Leão compondo

Passando rugindo

O batuque firmando

A barra da saia girando

Saravá

Samba de roda!                      Moduan Matus.