domingo, 4 de janeiro de 2015

Signos: Poemas-Instalações

Coube a
Gustave
Courbet
Gostar
-entre os outros-
De não ser
Trigo limpo e
Na veracidade
Do pincelar
Pedras
Sobre
Pedras
Não deixar.
          

Moduan Matus

Franco
Lan
Cari(o)catura
Um
Rio
De mulatas
Em ritmo
Caudaloso
Pelas curvas
Sensuais
Enquanto
Sua
Seus
Carnavais. 

Moduan Matus

Errante
O guesa
Desemburguesa
Atravessando
Tempos e
Muros
Tirando pedras
Papas da língua
&
Sousandradeando
Estruturando e
Erigindo a
Literatura. 

Moduan Matus

Movimentos da dança
Baixada numa roda
O girar de carisma
De João Alves
Torres Filho
No rito omolocô
Candomblista e
Babalorixado é
Joãozinho da Goméia
Entre folhas no terreiro
Bahia búzios
De Inhambupe
Caxias de mel
Num Rio doce de
Oxum e de Janeiro.   

Moduan Matus

Na hirteza dos
Dias e
Horas sem
Matizes
Dioramas de
Hiroshi
Sugimoto
Surgem
Eternos
Entre
Paredes
Dimensionando o
Talvez
Do outro
Tempo. 

Moduan Matus

O outro
É esse mesmo sujeito
Tempestuoso
Bucólico
Metafórico e
Fagueiro
Dentro de
Victor
Loureiro
Ilimitando o
Perímetro humano
Além do literal
Armazém de absurdos
Todo terra
Alcançando tu(do)
Singularplural. 

Moduan Matus

Suicida
A vida
De fluxo
Em fluxus
Muda e
George
Maciunas
Soletra
Kits
Macios nas
Gaiolas
Expostas
Montando
& desmontando
A cena. 

Moduan Matus

Mauro
Mota
Molda
Pernambucânia
E monta
Sua elegia
De cheiros crus
Em coloridos
Cajus
Crescendo
Toda
Osteologia
E a trapizonga
Descamba
Pela
Primeira
Ladeira. 

Moduan Matus

Na geografia
Humana
A fome
Inverossímil de
Josué de
Castro
Castr(a)
Demagogia
& egocentrismos
Abocanhando
Num salto
Fastiando
Pelo tempo
O que
Consome
O homem. 

Moduan Matus

Paulo
Fichtner
Regressa
Como
Quem
Parte.
Na poética
No pó
No tempo
Entre
Verso
Avesso &
Devassa de
Ossos. 

Moduan Matus