sexta-feira, 5 de junho de 2015

Signos: Poemas-Instalações

Neste infindável ândito
O passo das letras
Cinge
O coração de aventuras
Estacado por mais obras-primas
E se não leva à Roma
Traz à Toscana
Ou pelo menos Firenze
Berço do Renascimento
De Leonardo
Berço do nascimento
De Leone
Dando fôlego à genética
À genialidade
Pigmentando
A beleza dos dias
Que estão por vir.

Moduan Matus

As meditações
Estéticas de
Guillaume
Apollinaire
Faz o poema
Caminhar
Nas paredes
Do tempo
Escrevendo
- assim como o relógio -
O que pode
A cada volta
Existir. 

Moduan Matus.

Aristides
Alves
Garimpa
Chapa(s)
Da
Diamantina
Em imagens
Adormecidas
Feito
Tes
Ouro. 

Moduan Matus.

Num desvairismo
Fica fundada
A interessantíssima
Pauliceia da língua
Brasileira falada
De Mário
De Andrade
Da tupi descaracterizada
De: ode(io) (a)o burguês
Da plúmbea alvorada
Da garota do Tietê
Da garoa no tiete
Na Paulista paulatina
De papos sopapos e empapadas.    

Moduan Matus.

Ventos de agora
Alavancam a luta
Por uma poesia
Sem classes e pautas
Feita de fatos
De Fabiano
Soares da Silva
A costa
À Mário
Lago onde o povo escreve
A história nas paredes
De uma cerca camuflada
Em democracia
Enquanto se nega o papel
Pelo valor da aparência.        

Moduan Matus.

Um discurso
Em mangas de camisa
(de)graus
Por toda escada
Tem Tobias
Barreto
Nascen(do)
Interior
Todo barro
Moldando
Toda a terra
No erigir
Da precisa escalada.
              
Moduan Matus.

Na luz
A possibilidade sombria
Baila absíntica
Na nudez
Do dia a dia
Cavalgando
Se expondo a
Edgar
Degas
Em enquadros
Movimentos
E modelos
Degradados.   

Moduan Matus.

Desditoso
Segue sem meta
Anorético
Limpando o sangue
Por eiras e beiras:
Santo Amaro ou cafundó
Indo ou vindo
Paulo Eiró
Abolindo fatalidades.
A alma inquieta
Quase morta
Procura um anjo
Mas que importa
                 Se vive o poeta!                 

Moduan Matus.

Não te adoram
Esses grunges (casas)
Que adornam
O entorno
Diz Theodor
Wiesegrund
Adorno:
- São indústrias culturais!
Entornando no mercado
Os valores mais banais.
            
Moduan Matus.

A beleza que
Gustav
Klint
Gostava
A(i)nda
Numa sucessão
Feminina
Mosaísta
E pictórica
De beijos
E toques de

Sensualidades.       

Moduan Matus.