terça-feira, 5 de maio de 2015

Signos: Poemas-Instalações

Lá na aula
Da escola
Consultavas
Era o Aulete
Era escol
Enquanto eu
No velho
Aurélio
Duvidava
Da ortografia
Conquanto
Te queria
Hoje
Todavia
Dentre casais
Esquecemos
A poesia
Do Houaiss.      

Moduan Matus.

O que é bom
Chora em
Joaquim
Callado
Enquanto a
Flauta
Carioca
Fala a
Linguagem
Do coração. 

Moduan Matus.

Sem fotografias
Ângela
Montez
Monta
Molduras
E goza
O voo duplo
Feito verso
Escrito por
Luvas brancas
E enquadrado
Nas alturas. 

Moduan Matus.

De
Henrique
Filho
Fica
Henfil
Zeferino
E outros
Humores
Ferinos
Consertand(o)
Brasil
Qu´ele
Viu vil
E o que
                                                                                              Não viu.            
       Moduan Matus.   

Sela
Ales
Sandro
Buzo o
Bizu
Subur
Bano
Mano!
Convict(a)
Favela
Toma
Conta da
Periferia
De “nóis”
Que so(ma)mos
Sua voz! 

Moduan Matus.

Viaja
Vibrante
Num recital
O violão de
Andrés
Segovia
Em capacidade tamanha
São cordas
De náilon
Que ecoam e assanham
A Espanha. 

Moduan Matus.

Para cada coisa
Poema
Em sua metáfora.
Sinônimos
Antônimos
Antonio
Biz
Erra
Acerta
Arremessando
Palavras.
Palavras?
Cada coisa! 

Moduan Matus.

Xilo de
Rubem
Grilo
Grav(a)
Grafia que
Fica nas
Abstrações
Que tem o dia. 

Moduan Matus.

O desabrochado
Benjamin
Button
Entre fúrias
Se fechando
Num botão
Na casa de
Francis
Scott
Fitzgerald
E aqui aquém
Neste la(do) paraíso
Indígenas
Despidos
Promovem a festa
Do fim ao começo.     

Moduan Matus. 

Oxiopista
Marcio-andré
Marcha
Em cio
Rumo ao
Ideograma no
Palimpsesto
Batalhando o
Verbo em
Movimento de
Princípio ao fim. 

Moduan Matus.

Água
Sombra
Cores
Luz
Riscos
Céu
De Marcos
Duprat
Sobre o
Papel
Num lápis
Oleoso
No pastel. 

Moduan Matus.