sexta-feira, 2 de maio de 2014

Signos: Poemas-Instalações

Ardend(o)
Homem
Tem a decisão
Da idade e
Aos borbotões
Saem os poemas
Quais
Ruy
Duarte de
Carvalho
Escreve no
Espelho d´agua
Pela se(de)
Angola refletir. 

Moduan Matus


Retumbam
Tambores de Crioula
Chamando pela
Quituteira desterrada
Viva a Luíza
Mahin
Portadora da alvorada
Dos Malês
Da Sabinada
Do filho que
Foi amputada
Seu clamor
Fez a história
                                                                 Mesmo quando deportada.   

Moduan Matus


Foi num lance de
Júlio
Emílio
Braz(ílio)
E seu idílio
De futebol e regatas
Que os olhos
Aguçaram
Para o tamanho
E o número
Das letras
De: atenção.         

Moduan Matus


Nada de
Pianinho em
John
Cage
Pondo
Dedo na
Ferida
Ouve-se
Pelo silêncio
O choque
Na
Imaginação. 

Moduan Matus


O diário de
Helena
Jobim
Comprime em
Compasso os
Lábios
Brancos do
Medo
De que alguém
Com olhos
De seda
Descubra
Seus
Segredos. 

Moduan Matus


Quis
Klaus
Kinski
Sugar
Escandalosa
Mente
Os tormentos
Para si
Pondo em cen(a)
Sordidez
Das bocas de
Morango
Entressonhos
E viés. 

Moduan Matus


Bléim
Bléim!
Ambulante
Rodolfo
Magalhães
Vende
Belém
Embrulhada
Com anexos
E bula
Compre com a fé
De quem se cobra
E numa
Panacéia
Se cura. 

Moduan Matus


Todo una
Sola esencia
Que cante
Libremente
Lo que la vida
Fue enseñando
El payador
Perseguido
Y lo que
Atahualpa
Yupanqui
Tiene
De la tierra
   Escribido. 

Moduan Matus


A saudade
No sofrido
Fado
Situa-se bem
Desentranhando
Da cantadeira
Amália
Rodrigues
E em essência
Se transformando
Pelos âmagos
Maralém. 

Moduan Matus